segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Por favor, me deixe ir / Não vou lhe esquecer. Prometo.
sábado, 29 de janeiro de 2011
Para os marmanjos que pensam que meninas só pensam em casamento...
sábado, 2 de outubro de 2010
E ainda, após alguns dias, penso no moço do barraquinho... E naquelas moças bem vestidas e naqueles rapazes com copos de whisky importado nas mãos...
Há alguns dias, no trabalho, me ocorreu uma situação não muito confortável. Bom, vamos nos fazer entender: trabalho em uma empresa administrada pelo governo federal e minha função é de fiscalização agropecuária. Explicadas as circunstâncias, vamos aos fatos.
Eu estava redigindo um documento e, de repente, o chefe do departamento ao qual sou subordinada adentrou a sala onde eu estava, afobado, com o celular em punho, ligando para o chefe de seção, para a segurança, para o coronel, para a polícia... Segundo ele, as terras da empresa haviam sido invadidas (há uma área enorme completamente inutilizada) e me foi pedido então que o levasse, junto com meu chefe direto e mais um funcionário do departamento, até o local onde ocorrera a invasão. Diante das providências tomadas, até tive um certo receio, mas fui até lá.
Chegando ao local, fiquei surpresa: era apenas um barraquinho, feito com restos de madeira e de aproximadamente três metros quadrados. E lá dentro havia um homem, aparentando ter por volta de trinta anos, sujo e maltrapilho. Em sua companhia, alguns móveis, um colchão e aparelhos eletrônicos, todos muito velhos, pareciam terem sido retirados do lixo.
Ele explicara que, na manhã daquele dia, havia construído o barraquinho à margem da rodovia, mas o órgão responsável pela fiscalização pediu que ele dali se retirasse, devido ao alto índice de acidentes. E ele assim o fez, desmontou o barraquinho e o construiu novamente, só que desta vez dentro da cerca, invadindo então as terras da empresa. Eu o vi de longe, mas o homem não aparentava estar embriagado ou sob efeito de entorpecentes. Era um morador de rua, que encontrara naquele local uma possibilidade de se estabelecer.
Neste mesmo dia, fui com meus companheiros de banda em um evento destinado à músicos. Este evento foi realizado por uma emissora de rádio e aconteceu em uma unidade de uma badalada rede de bares, estabelecida em várias partes do mundo. Lá estavam diversas personalidades da cena independente, artistas, músicos, homens e mulheres belíssimos. O ambiente também era muito bonito, com um bela vista para a cidade, pratos elaborados e drinks sofisticados, garçons e garçonetes estilosos e cheios de ginga, e houve também um show de uma banda com projeção nacional.
De fato, a noite fora muito agradável. Mas, em um determinado momento, ao olhar todas aquelas pessoas, rindo, conversando, se divertindo, me peguei a pensar: o que será que aconteceu ao moço do barraquinho? Será que está abrigado, alimentado, protegido do frio? Quando ainda no trabalho, ao fim do expediente, meu chefe ordenou que conferíssemos se ele havia se retirado do local; fui até lá, o barraquinho já estava desmontado, mas não vi que rumo ele tomou...
E ainda, após alguns dias, penso no moço do barraquinho... E naquelas moças bem vestidas e naqueles rapazes com copos de whisky importado nas mãos...
* A análise sociológica fica por conta de cada um!
domingo, 26 de setembro de 2010
"Dificilmente se arranca a lembrança..."
Otto
Há sempre um lado que pese
Outro lado que flutua tua pele
É crua
É crua
Dificilmente se arranca a lembrança
A lembrança
Por isso na primeira vez dói
Por isso não se esqueça, dói
E ter que acreditar num caso sério
E na melancolia que dizia
Mas naquela noite que eu chamei você
Fodia, fodia
Mas naquela noite que eu chamei você
Fodia, fodia de noite e de dia
sábado, 21 de agosto de 2010
Sujeito de direito e identidade no ambiente virtual: questão para a lógica e para a ontologia jurídicas
O ambiente virtual caracteriza-se digamos, por uma relativa balburdia quando falamos de sujeito ou sujeitos, pois vários sujeitos ocupam vários espaços ou nenhum espaço. Passamos então a falar sobre um sujeito de direitos virtual. Estamos diante de possibilidades de reinterpretação do conceito de sujeito de direitos e alógica pode nos oferecer novas constatações.
Após essas reflexões, a autora passa a refletir sobre o que seria o direito virtual e o direito real. “Ao mesmo tempo que se consolida a tutela jurídica da intimidade, a internet devassa-a”. O principal problema a ser discutido pelo Ciberdireito é a questão da identidade (nome) no ambiente virtual. Como saber o nome de quem freqüenta a internet e como resguardar o nome do sujeito quando preciso. O nome é um direito, mas também um dever, pois o anonimato é proibido. Já os pseudônimos são legalmente admissíveis quando condicionados às possibilidades de identificação do autor.
Enfim, segundo Carneiro, poderíamos pensar o cibersujeito no contexto de uma possível democracia virtual. E citando Montesquieu, distingue liberdade filosófica e política; “a democracia virtual, para ser democracia deve prevalecer os interesses sociais sobre os individuais”. O cibersujeito continua sendo um e ele mesmo, o que acontece é a ampliação do conceito de sujeito e da sua identidade.
A autora explica que o paradigma da identidade (subjetividade) está no inconsciente do sujeito e sua via de acesso é a psicanálise. Citando Félix Guatarri, Carneiro conclui que cada indivíduo ou grupo social veicula seu próprio modelo de subjetividade. Finalizando, ela questiona o porque da não proximidade entre as novas lógicas e as novas ontologias?
Este e outros textos em http://www.geopoemas.blogspot.com/